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A região Vardzia-Khertvisi na Geórgia é uma proposta conjunta de vários locais de interesse histórico, para entrarem na lista UNESCO na Geórgia. Vardzia-Khertvisi compreende um vasto território no curso superior da bacia do rio Mtkvari, e que se estende por 18 km desde Khertvisi até Vardzia. A sua importância é significativa em vários aspectos: o microclima e paisagem específicos, o contexto histórico e a diversidade do património cultural. Eu tive a oportunidade de visitar as três melhores atrações de Vardzia-Khertvisi.
Melhores atrações de Vardzia-Khertvisi
Fortaleza de Khertvisi
Mosteiro Vanis Kvabebi
Mosteiro Vardzia
Lugares para visitar em Vardzia-Khertvisi
Fortaleza de Khertvisi
A Fortaleza de Khertvisi está estratégicamente posicionada em cima de um monte rochoso num estreito desfiladeiro que une o Rio Mtkvari e o Rio Paravani junto à aldeia de Khertvie, perto de Batumi. Túneis de comunicação e de fornecimento de água unem a fortaleza com o rio em baixo. A data exacta da sua edificação é desconhecida mas crónicas Geórgias antigas contam que Alexandre O Grande visitou este local durante as suas campanhas Orientais. Apesar de tudo a construção existente e que chega aos dias de hoje em excelente estado de conservação datam do século X e do século XIV. Junto à aldeia de Khertvie e ao longo de todo o vale há imensas coisas para ver tais como mosteiros feitos dentro da montanha. Algo a não perder.
Mosteiro Vanis Kvabebi
Vanis Kvabebi é um mosteiro cavado na rocha, perto do Mosteiro de Vardzia. O complexo monástico de Vanis Kvabebi data do século VIII e consiste numa muralha defensiva construída em 1204 e num labirinto de túneis que percorrem vários níveis, tudo cavado na encosta da montanha. Existem também duas igrejas. Uma igreja de pedra mais recente que está em muito bom estado ergue-se perto do topo da parede, e uma igreja menor, com cúpula pegada à rocha, situada no nível dos túneis mais altos.
Nota: Atenção a subir o Mosteiro Vanis Kvabebi. Há zonas perigosas com escadas de ferro antigas, e zonas que é preciso escalar e entrar em buracos para passar para os níveis superiores. Vá sempre com calma e devagar. O mosteiro está menos preparado para receber visitantes que Vardzia, mas consegue-se fazer bem, é só preciso ter calma.
Mosteiro Vardzia
O Mosteiro de Vardzia é testemunho da herança cultural georgiana do século XII. Vardzia, construído na encosta do desfiladeiro rochoso, aninhado num penhasco com vista para o rio Kura. Da estrada pode logo ver-se este local, já que é imperdível com sua aparência de um formigueiro gigante.
Esta cidade, cortada nas encostas da montanha Erusheti, foi construída com propósitos defensivos para proteger o território em caso de um ataque vindo do sul. As grutas de Vardzia estendem-se por mais de 500 metros ao longo da falésia. Vardzia era um complexo de vários andares com ruas, igrejas, casas, e lojas acessíveis por túneis. Grande parte da cidade foi destruída um século após a sua construção com o terremoto de 1283, e apenas um terço do local original permanece até hoje.
A Cidade Caverna de Vardzia é um mosteiro gruta construído dentro da montanha Erusheli no Sul da Geórgia perto de Aspindza, a cerca de 15km a sul da aldeia de Khertvie e entrando por dentro do vale. Este Mosteiro foi fundado em 1185 pela Rainha Tamar.
O mosteiro foi construído como protecção das invasões mongóis e consistia em mais de 6000 apartamentos num complexo com mais de 13 andares tudo escavado na montanha. Uma coisa impressionante. Hoje está um pouco destruído por causa de um tremor de terra há uns séculos atrás, mas pode-se ter a noção de como era antes.
A cidade de Vardzia tinha uma igreja, um quarto de trono, e um complexo de irrigação de água para os terraços transformados em pequenas hortas. A única entrada possível para esta cidade era através de alguns túneis escavados na pedra perto do rio Mtkvari.
O terramoto de Samtskhe destruíu cerca de 2/3 da cidade em 1283, expondo as cavernas à vista exterior e fazendo cair também o sistema de irrigação. Ou seja, o que vimos hoje não é nada praticamente e já é espetacular mesmo assim.
Os persas comandados por Shah Tahmasp I saquearam o mosteiro em 1551 levando todos os ícones e artefactos importantes acabando praticamente com a vida do mosteiro. Hoje em dia há dois monges que tomam conta de tudo e o recebem para fazer uma pequena visita.