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Nesta entrevista temos o viajante Filipe Morato Gomes.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
Filipe Morato Gomes – Perfil de Viajante
- Nome completo: Filipe Miguel Fernandes Morato Gomes
- Profissão: Tudo o que faço está relacionado com viagens. Sou cronista e fotógrafo de viagens, tour leader da Nomad, formador de Escrita de Viagens.
- Data de nascimento: 1971
- Local de nascimento: Porto – Portugal
- Local de residência: Vilar do Pinheiro – Portugal
- Quantos países já visitou: 80
- Quantos continentes já visitou: 5
- Maneira preferida de viajar: Em transportes públicos. E devagar.
- Comida preferida: Sou fanático por massas, mas como de tudo e gosto de experimentar coisas novas. Acho, aliás, que a gastronomia é uma parte importantíssima da experiência de viagem.
- Cor preferida: Gosto de cores pastel.
- Banda preferida: Música brasileira em geral. Deixa-me alegre.
- Fruta preferida: Adoro citrinos e frutas tropicais.
- Livro de viagem preferido: Disse-me um Adivinho, do Tiziano Terzani.
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Não.
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Viajo para ser feliz.
- Próximas viagens: Neste ano de 2013, regresso duas vezes ao Irão, depois Sérvia e Roménia, depois Uganda e Ruanda, depois Nepal e Butão.
- Países onde não voltaria: Nenhum. Posso sempre voltar.
- Países onde voltaria: Irão, Laos, Colômbia, Brasil.
- Países com melhor comida: Vietname (sem dúvida), Itália e imagino que o Japão (nunca lá fui)
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Mulheres: Colômbia, Montenegro, Bósnia-Herzegovina
- Hotel preferido: Um dos que recentemente me marcou foi o The BeachHouse, nas Fiji
- Site / blog: www.almadeviajante.com
Filipe Morato Gomes – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de Filipe Morato Gomes
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
Eu preciso de viajar para me sentir bem. Gosto do desconhecido, de ser surpreendido, dos encontros imprevistos que acontecem em viagem, de descobrir algo no terreno que horas e horas de planeamento não tinham indicado. E gosto especialmente das pessoas, porque acredito que elas fazem toda a diferença numa experiência de viagem. Viajar é descobrir, enriquecer, crescer. E muitas vezes não é preciso fazer muito para me sentir feliz na estrada e ter momentos extraordinários: basta parar num parque ou numa esplanada, observar e conhecer gente.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
A minha primeira volta ao mundo em 2004, porque mudou radicalmente a minha vida. Regressei com um autoconhecimento brutal sobre mim e os meus limites, aumentei a sede de conhecer mais e mais, e foi aí que senti que só era mesmo feliz na estrada e que o meu caminho futuro tinha de estar intimamente ligado às viagens. Desde então, não mais parei de viajar.
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Viajar é muito mais fácil do que parece. O melhor conselho que posso dar é que não tenham medo do desconhecido, de sair da “zona de conforto”. Até porque as pessoas são boas em qualquer parte do mundo (ando a “pregar” isto há muitos anos porque acredito sinceramente que assim é).
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Não.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
Tenho vários momentos inesquecíveis em viagem, e quase sempre relacionados com pessoas, não paisagens. Mas para responder à pergunta, lembro-me da sensação de pequenez ao fazer a pé uma parte da Grande Muralha da China; da sensação de felicidade ao ver o pôr-do-sol nos templos de Bagan, em Myanmar; da sensação de assombro nos templos de Angkor, no Camboja, de sentir magia ao chegar a Machu Picchu, no Peru, de ser esmagado por uma paisagem ao percorrer as estepes da Mongólia. E toda a Nova Zelândia, que é o país mais bonito do mundo em termos de beleza natural.