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Nesta entrevista temos o viajante Nuno Maia.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
Nuno Maia – Perfil de Viajante
- Nome completo: Nuno Miguel Martins Maia
- Profissão: Day job em Sistemas de Informação Art Job em fotografia, pelo meio sou Accounter manager numa empresa ligada ao desporto extreme
- Data de nascimento: 1978
- Local de nascimento: Porto – Portugal
- Local de residência: Porto – Portugal
- Quantos países já visitou: 33
- Quantos continentes já visitou: 5
- Maneira preferida de viajar: Comboio e bicicleta
- Comida preferida: Fettuccine vegetariano
- Cor preferida: Azul
- Banda preferida: Ouço de tudo um pouco do Jazz ao Punk Rock assim como do Bossa Nova ao Hip Hop, preferido não tenho, de grande influencia tenho os Portishead e os Red Hot Chili Peppers
- Fruta preferida: Maçã
- Livro de viagem preferido: “O Fio da Navalha” de Somerset Maugham e o “Apelo da Selva” de Jack London
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Alguém? Nunca.
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Preocupo-me em Viver, com isso vêm as viagens
- Próximas viagens: Trekking no Nepal, Snowboard na Nova Zelândia e Caminhos de Santiago de Bicicleta
- Países onde não voltaria: Paraguai, Filipinas e Singapura
- Países onde voltaria: Nova Zelândia, Japão e Argentina
- Países com melhor comida: Portugal, Argentina e Chile
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Sem dúvida as Portuguesas, quanto mais se conhece mais se valoriza. Homens, digamos que os portenhos têm pinta
- Hotel preferido: Silk Road em Yazd no Irão, K’s House Mt. Fuji no Japão e o Gobleg inn em Bali na Indonésia
- Site / blog: www.facebook.com/nunomaiaphoto
Nuno Maia – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de Nuno Maia
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
Viajar é o suporte que uso para saber mais, a minha relação é de conhecimento .Não pretendo só conhecer os lugares ou as pessoas, procuro interagir dando-me também a conhecer.
Não crio muita expectativa antes de viajar, vou com o meu imaginário e tento me adaptar á realidade. No regresso sinto sempre que pertenço em parte ao lugar de onde vim. Por exemplo acabo de saber do terramoto do Irão, não fico indiferente á noticia e tento saber como foi em que sitio e se quem conheço esta bem.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
Todas marcam e todas deixam as suas sementes. Destaco uma das últimas que realizei o Japão. Imaginem uma viagem no tempo, a um futuro distante. Uma viagem ao expoente máximo da civilização humana, onde o respeito pelo próximo é o pilar da civilização. Onde a tradição e a tecnologia resultam numa sinergia cultural. A máquina do tempo não existe, mas foi o que senti estando uma hora encostado a um semáforo em Shibuya.
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Viajar não é uma ciência exata, e não existem formulas. Tudo é válido e o importante é partir.
Se o motivo é o financeiro vá de bicicleta ou a pé, se o motivo são os filhos, já lhes perguntou se eles gostariam de viajar de bicicleta em família pelas lindas praias da costa alentejana. Conforto? Nada deve ser mais confortável do que a nossa própria casa, se for não devia mas em princípio você vai e regressa, o sofá não foge. Acima de tudo pense no seu projecto, na sua viagem, ela vai ser sua, logo única. Quando e porquê? Não espere muito, de certeza que já ouviu “isto são só dois dias”.
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Mais do que seis meses, não.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
Muito difícil mesmo, vou citar duas. Two Thumbs na Nova Zelândia. Acordo cedo para me fazer à montanha, na rua avisto uma equipa de alpinistas a tomarem o seu café com o seu ponto de visão fixo a oeste. Ao tentar entrar na sintonia do mesmo olhar avisto as montanhas cheias de neve com um céu avermelhado parecendo layers em Photoshop, mais do que na beleza natural pensei : Hoje o dia vai ser ali e são estes os momentos que fazem tudo valer a pena. Outro lugar foi em Iguazú na Argentina. Já tinha estado nas cataratas mas voltei para ver as mesmas em noite de lua cheia. Clichés sobre turismo à parte, comprei o meu bilhete e nessa noite tive sensações únicas, o poder da atracão pela imensidão da água e a influência da lua cheia. Tratando-se de um parque natural e de visitas guiadas, deixei-me ficar para trás para sozinho melhor compreender aquele fenómeno que para mim foi novo. O momento foi tão marcante que no regresso estudei sobre influência da Lua no homem, a gravidez, tribos etc.. Mais tarde resultou num trabalho fotográfico com participação numa bienal de arte.