Índice
O mundo está a desenvolver-se rápido. A maneira de viver indígena está praticamente desaparecida na maior parte das tribos remotas do planeta. Muitas pessoas deixam a sua maneira de viver ancestral, imigrando para centros urbanos à procura de uma vida melhor e mais confortável.
No Brasil, o Estado já tem projectos de protecção de algumas comunidades indígenas e criou decretos de lei para restringir a visita de forasteiros nessas regiões. Basicamente, toda a gente exterior a essas comunidades está proibida de lá entrar. Estas leis farão com que esta maneira de viver se preserve praticamente intocável e sem influência exterior, que acabaria por aniquilar estas culturas por completo.
Porém, outras tribos no Amazonas, situadas em locais de acesso fácil a centros urbanos, tentam sobreviver e encontrar uma relação entre o seu passado, o seu presente e o seu futuro.
Durante a minha visita a Manaus – capital do estado do Amazonas – aproveitei para experienciar viver com uma tribo indigena Tatuyo – que vivem nas margens do Rio Negro.
Nesta página escolhi uma pequena mostra de fotos da incrível vida de uma tribo brasileira da Selva Amazónica querendo sobreviver nos dias de hoje.
Tribo Tatuyo
O dia-a-dia nesta parte do Amazonas depende praticamente do rio.
As cerimónias e rituais
Durante as cerimónias e rituais, roupas e decoração são feitas usando pigmentos e materiais naturais. Muitas das tribos da região ganham a vida com turistas, seja com shows de dança indígena ou vendendo artesanato tradicional. As danças e cantos Tatuyo dos rituais Kapiwaya, Pohé, Yapurutu e Káriço, realçam a história da criação da sua etnia. Com uma dança ritual, eles adoram o Deus indígena e contam de onde vêm e para onde vão – uma alegoria entre a vida e a morte – a criação e o desaparecimento.
Depois de falar com o chefe Pinó, ele disse-me que não quer que a sua família se mude para a cidade, e quer continuar a viver como os seus antepassados e passar essas tradições aos seus filhos.
O açaí é uma das comidas mais importantes dos habitantes da Amazónia. Para os indígenas, o açaí é a principal fonte de vitaminas e anti-oxidantes.
O Rio Negro tem 2250 km de comprimento e é um tributário do Rio Amazonas.
As piranha são um dos animais mais perigosos da selva. Cair no rio no local errado é fatal.
Para se chegar até esta comunidade indígena é preciso viajar de lancha durante duas horas, saindo de Manaus, a capital do estado do Amazonas.
Limpando o agouti para comer Preparando peixe grelhado Vaga-lume na selva Menino Indígena
As térmitas (cupim) são importantes para a dieta indígena devido ao seu alto nível de sal, importante fonte de minerais.
Menino indígena no Amazonas Bonita menina indigena brasileira Crianças na selva amazónica
A estrutura principal destas casas (malocas, ocas), serve para local de cerimónia, cozinha, alojamento e reuniões comunitárias. Algumas famílias têm palhotas privadas no exterior.
Como não ser só mais um turista
Como não ser um “turista” enquanto visita uma comunidade indígena:
- Não fique só durante o show de dança que dura 20 minutos. Tente ficar no acampamento durante vários dias para conviver mais de perto com a realidade da comunidade.
- Evite brincar ou rir da sua cultura diferente, da nudez ou das danças tradicionais.
- Contacte directamente o chefe da tribo para não visitá-los através de uma agência de viagens. O dinheiro assim vai 100% para a comunidade. Quando estiver em Manaus telefone para o Wapi – (92) 8486-6376. Eles podem providenciar transporte de barco até à aldeia.
- Aproveite para comprar artesanato na comunidade, muito melhor do que comprar numa loja da cidade.