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Penjikent é uma pequena cidade do Tajiquistão, localizada na região de Khujand, junto ao vale de Zeravshan, muito próximo da fronteira com o Uzbequistão. Ao longo da história foi capital de impérios e um importante centro Zoroastriano. Tem uma população de cerca de 33 mil habitantes e uma mão cheia de atractivos, quer na própria localidade quer na região envolvente.
Durante o tempo que estive nesta cidade, tive oportunidade de visitar os pontos turísticos de Penjikent, e explorar o local a fundo. Visitar o Tajiquistão e não passar por Penjikent, é deixar para trás um destino importante que vale a pena conhecer.
Visitar Penjikent Tajiquistão
A história de Penjikent remonta à era pré-Islâmica, quando era uma pequena mas próspera cidade habitada por Zoroastrianos que se dedicavam ao comércio e à metalurgia. Desenvolveu-se com o florescimento da Rota da Seda. A chegada dos Árabes, que tomaram Penjikent em 722, pôs um ponto final na época de ouro da cidade. Desse tempo podem-se ver vestígios importantes na cidadela, que se ergue na periferia da moderna Penjikent. O seu nome significa “Cinco Aldeias” e para além do Kainar, oferece aos visitantes a oportunidade de visitar o importante mausoléu de Rudaki e o de Muhammad Bashoro, para além do Complexo Religioso de Hazrat Boro e os vestígios da antiga cidade de Saraz.
Melhores atrações de Penjikent
- Kainar – A Cidadela
- Mausoléu de Abu Abdullah Rudaki
- Mausoléu de Muhammad Bashoro
- Complexo de Hazrat Bobo
- Complexo Arqueológico de Sarazm
- Museu Rudaki
- Mercado de Penjikent
- Mesquita Olim Dodhko e Madraça
- Nascente de Kainar Ato
Dicas de Viagem
- Acorde cedo e seja o primeiro a entrar nos melhores destinos de Penjikent, nos monumentos, museus ou outros locais de interesse.
- Não é normal a cidade receber muitos turistas, por isso sinta-se o centro das atenções.
- Faça um esforço para visitar o lindo Mausoléu de Rudaki, na aldeia de Panjrut, a cerca de 60 km de Penjikent.
- Também fora de Penjikent, fica o Complexo Arqueológico de Sarazm, um local UNESCO Património Mundial da Humanidade.
- A melhor altura para visitar Penjikent é no Verão ou durante os meses de Maio até Setembro.
Lugares para visitar em Penjikent
1. Kainar – A Cidadela
Nas imediações da moderna cidade, os visitantes podem encontrar os vestígios da Penjikent medieval. A maioria das estruturas que hoje ali se avistam foram deixadas a descoberto na sequência de uma campanha arqueológica levada a cabo em 1946. Descobriu-se a cidadela de Divaschtich – o último monarca de Penjikent – assim como um par de templos, oficinas, lojas e estruturas defensivas. Nas moradias, algumas com três andares, foram encontradas pinturas nas paredes que sobreviveram a mais de 1300 anos. As temáticas são curiosas: elementos astrais e representações da divindade Shiva são as mais frequentes e encontram-se interessantes cenas da vida quotidiana.
2. Mausoléu de Abu Abdullah Rudaki
Há quem lhe chame o Shakespeare tajique. Viveu por volta do século X e nasceu aqui, em Penjikent. Serviu o rei samânida Nasr II Ibn Ahmad, foi também cantor e músico, mas caiu em desgraça e morreu em 941, na miséria, na sua aldeia.
Apenas recentemente se descobriu – e mesmo assim com algumas dúvidas – o local do seu túmulo e os seus restos mortais. Foi um trabalho conjunto do académico Sadrid-din Aini e do antropólogo russo Mikhail Gerasimov que conduziu ao local e do trabalho desta equipa resultaram conclusões importantes para o estudo da obra de Abu Abdullah Rudaki.
O poeta encontra-se agora sepultado num mausoléu construído em 1956. A estrutura foi erigida em tijolo, com pesados portões de madeira e uma cúpula ampla. Junto ao mausoléu existe um pequeno museu dedicado ao poeta. Localiza-se na aldeia de Panjrut, a cerca de 60 km a leste de Penjikent.
3. Mausoléu de Muhammad Bashoro
Muhammad Bashoro foi um ilustre escolástico religioso que viveu a maior parte da sua vida em Samarkand e Bukhara, regressando à sua aldeia natal, Mazori Sharif, para morrer, o que sucedeu em 866. Foi aqui erguido um mausoléu no século X, tendo sido alterado posteriormente, já no século XIV, com a adição do pórtico. A estrutura tem uma concepção mais próxima de uma mesquita do que de um mausoléu, existindo mesmo um mihrab, um nicho que marca a direcção de Meca. Ao centro existe um amplo salão com uma bonita cúpula, rodeado de salas menores, acessíveis através de arcos. Seja como for, não é certo que os restos mortais de Muhammad Bashoro tenham de facto sido enterrados aqui. A envolvência do mausoléu é muito agradável, com florestas de zimbros e um regato de montanha onde correm águas cristalinas.
4. Complexo de Hazrat Bobo
Este complexo localiza-se junto da aldeia de Chorku tem no seu centro o Mausoléu de Amir Hamza Sohibkiron, um homem santo natural daquele local que poderá estar ali sepultado, construído originalmente entre os séculos V e VIII. Uma boa parte do que vemos hoje data dos séculos X e XII, destacando-se as belas colunas com trabalhos em talha, mas isto encontra-se coberto por uma segunda cobertura, mais recente. O mausoléu tem duas entradas principais, viradas a norte e a sudoeste. Segundo os mais idosos, o pátio do mausoléu foi em temos um cemitério, removido em meados do século XX. Uma das salas do mausoléu, datada dos séculos XVIII ou XIX, terá servido de albergue para peregrinos. Pode-se ali encontrar uma mesquita com um minarete de altura considerável, estruturado em três níveis.
5. Complexo Arqueológico de Sarazm
O que hoje se vê em Sarazm é o que resta de uma cidade que aqui existiu entre 4.000 e 2.000 a.C.. Nos seus terrenos, próximos de Penjikent, foram encontrados preciosos artefactos produzidos em diversos metais, incluindo prata e ouro, especialmente peças de joalharia, pedaços de armaduras e fragmentos de armas. A área descoberta estende-se por 100 hectares, tendo sido identificados vários templos e forjas. Sarazm era um dos grandes centros metalúrgicos da Ásia Central e vestígios dessa actividade são abundantes por aqui. Sarazm é um local considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
6. Museu Rudaki
O Museu Rudaki, formalmente chamado Museu de Estudos Regionais e de História Republicana, encontra-se a cerca de 1 km do centro da cidade, tendo sido recentemente renovado e oferecendo uma exposição com alguma qualidade. Tem o nome do famoso poeta tajique, nascido numa aldeia da região, mas o foco da sua colecção, que se distribui por oito salas, abrange muito mais do que a vida e obra do poeta. Merecem destaque os frescos da época pré-islâmica que retratam um banquete, uma batalha e cenas da vida quotidiana e as estatuetas que representam divindades Zoroastrianas. Existe uma secção dedicada à cidade antiga de Saraz, localizada a oeste de Penjikent.
Há ainda espaço para uma exposição que mostra elementos etnográficos do Tajiquistão, para uma abordagem detalhada à história recente, incluindo o período Soviético e o processo de independência e, por fim, para um cheirinho de zoologia, com uma mostra de animais que habitam o país.
7. Mercado de Penjikent
O mercado de Penjikent, tal como outros mercados da Ásia Central promete muita confusão, pessoas simpáticas e sem dúvida um excelente ambiente humano.
Não perca pela manhã, quando todos os comerciantes se preparam para começar o dia, e começam a aparecer os primeiros clientes do dia.
Roteiros em Penjikent
Roteiros para visitar Penjikent de maneira independente. Itinerários nos melhores destinos e ideias de o que fazer em Penjikent no Tajiquistão.
1 Dia em Penjikent
- Manhã: Brevemente…
- Tarde: Brevemente…
2 Dias em Penjikent
- Dia 1 Manhã: Brevemente…
- Dia 1 Tarde: Brevemente…
- Dia 2 Manhã: Brevemente…
- Dia 2 Tarde: Brevemente…