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Muitos de nós somos rápidos a criticar e a julgar palestinianos acerca da violência em que se encontra a região. Nós, os ditos “ocidentais” quer queiramos quer não sempre tivemos a mania de meter o bedelho onde não éramos chamados, vejamos o caso africano hoje, que ao longo de séculos foi destruído e separado em fronteiras nunca existentes (só na cabeça dos franceses e ingleses pois nós portugueses nem nos perguntaram nada). O caso palestiniano foi um desses casos.
Em 1946 começaram a despejar-se judeus vindos da Alemanha e a conceder-lhe terras que lhes pertenciam antes, há 2000 mil anos. O que se passa é que o Rei David unificou uma série povos ao redor da Judeia. Os palestinianos sempre existiram lá também. O que aconteceu foi que com o passar da história esse tal aumento da Judeia passou ela mesma “à história”. Esta terra foi e é historicamente tanto dos judeus, de cristãos e de muçulmanos.
2 Guerra Mundial e a Palestina
Durante os terríveis acontecimentos na 2 Guerra Mundial, muitos dos judeus tiveram que sair, e muito bem pois senão teriam sido mortos pelo Hitler, e, as Nações Unidas concedeu as antigas terras históricas aos judeus, criando colonatos, aldeias fechadas, e, pouco a pouco começou-se a mandar embora palestinianos. Por exemplo, quase 500mil palestinianos estão neste momento como refugiados na Jordânia, pois tiveram que sair do seu próprio país. Bem…
Vejam na foto em cima, o muro construído por Israel para impedir palestinianos muçulmanos e cristãos, sim pois se julga que só os muçulmanos estão na história está muito enganado, isto afecta também todos os árabes cristãos na zona, que lado a lado com os muçulmanos estão presos dentro destes muros sem poder sair, sem ter acesso a nada. Gostaria de viver dentro destes muros? Ahh.. olhe ainda para mais, sabe que este muro na verdade cerca uma cidade chamada Bethlehem? Sabe o que é? É a cidade onde nasceu Jesus, SIM filho da Virgem Maria… sim é Belém onde vieram os Reis Magos para a tal gruta… sim a igreja da Natividade de Cristo está aqui dentro. É uma cidade de 30mil habitantes, tipo Évora em Portugal imaginem Évora totalmente rodeada por muros de betão…o que fazia você se vivesse lá dentro?
O problema aqui é que as pessoas vêem-se a ter que virar para os partidos mais extremos na cidade ou seja, por um lado, têm os israelitas que entram na cidade a bombardear e a matar muitos civis, e por outro, têm grupos de extremistas que dizem lutar contra esses ditos israelitas… ou seja, pessoas normais como nós, escolhem o lado de quem diz que luta por eles ou pela família inocente que morreu num bombardeamento israelita. Você de que lado ficava? O problema é esse mesmo, ou seja, os muçulmanos não são radicais e extremistas, mas como em todas as religiões há os extremos, mesmo no judaísmo. Lembra-se do Yitzhak Rabin? Que no dia 4 de Novembro de 1995 foi assassinado pelo estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações com os palestianianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Tel Aviv…
Penso que a solução “colonialista” e “fascista” de todo este processo não foi bem feita. O colonialismo em África não foi bem feito. E…o descolonialismo em África não foi bem feito. Todos sabemos. O que se passa aqui é que nós nos pomos sempre do lado de quem mais se assemelha a nós, neste caso do lado dos israelitas altamente americanizados. OK, compreendo, mas nós realmente temos que nos meter do lado de criar uma história pacifica, justa e sem fascismos.
E vocês agora perguntam… não não Israel tinha direito às unificação de David. Mas… porquê? 2000 anos passaram. Tem Itália e Roma direito à Península Ibérica? pela invasão romana?
Vejam o mapa e percebem um pouco o porquê da confusão.
Mapa Palestina e Israel
Source: Asia Tourismo
Links de interesse
http://www.mideastweb.org/mpalestine.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Palestine
http://en.wikipedia.org/wiki/Palestinian_territories
O último discurso de Yitzhak Rabin
em português do brasil….
Data: 4 de novembro de 1995 – Tel-Aviv, Praça dos Reis de Israel (actualmente, Praça Rabin)
“Permitam-me dizer que estou profundamente emocionado. Eu quero agradecer a cada um e a todos vocês, que vieram aqui hoje manifestar-se contra a violência e a favor da paz. Este governo, que eu tenho a honra de dirigir, ao lado de meu amigo Shimon Peres, decidiu dar uma chance à paz – uma paz que resolverá a maioria dos problemas de Israel.
Eu fui um militar durante 27 anos. Lutei enquanto não havia chances para a paz. Eu acredito que agora existe uma chance para a paz, uma grande chance. Nós precisamos aproveitá-la pelo bem daqueles que aqui estão, e também pelo bem daqueles que não estão aqui – e existem muitos deles.
Eu sempre acreditei que a maioria das pessoas quer a paz e está pronta para assumir riscos para a paz. Ao virem aqui hoje, vocês demonstram que, juntos àqueles muitos outros que não vieram, as pessoas realmente desejam a paz e se opõem à violência. A violência destrói a base da democracia israelense. A violência deve ser condenada e isolada.
Este não é o modo do Estado de Israel. Numa democracia pode haver diferenças, mas a decisão final será tomada em eleições democráticas, como as eleições de 1992 que nos deram o mandato para fazermos o que estamos fazendo, e para continuarmos este curso.
Eu quero dizer que estou orgulhoso do fato de representantes de países com quem estamos vivendo em paz estão presentes conosco aqui, e continuarão a estar aqui: Egito, Jordânia e Marrocos, que abriram a estrada da paz para nós. Eu quero agradecer ao Presidente do Egito, ao Rei da Jordânia e ao Rei do Marrocos, representados hoje aqui, pela sua parceria conosco em nossa marcha a caminho da paz.
E, mais do que qualquer outra coisa, nos mais de três anos de existência deste governo, o povo de Israel provou que é possível fazer a paz, que a paz abre portas para uma melhor economia e sociedade; que a paz não é somente uma bênção. A paz é a primeira de todas em nossas rezas, mas também é a aspiração do povo judeu, uma aspiração genuína pela paz.
Há inimigos para a paz que estão tentando nos ferir, para bombardear o processo de paz. Eu quero dizer, diretamente, que nós encontramos um parceiro para a paz entre os palestinos também: a OLP, que era um inimigo, e que deixou de se engajar no terrorismo. Sem parceiros para a paz, não pode haver paz.
Nós demandaremos que eles façam a sua parte para a paz, assim como nós faremos a nossa parte para a paz, com o intuito de resolver o aspecto mais complicado, prolongado e carregado emocionalmente do conflito árabe-israelense: o conflito palestino-israelense. Este é um caminho carregado de dificuldades e dor.
Para Israel, não há caminho sem dor. Mas o caminho da paz é preferível ao caminho da guerra. Eu digo isto a vocês como um militar, alguém que é hoje o Ministro da Defesa e vê a dor da família dos soldados do Tzahal (exército de Israel). Por eles, por nossos filhos, no meu caso por nossos netos, eu quero que este governo exauste todas as aberturas, todas as possibilidades, para promover e atingir uma paz completa. Até mesmo com a Síria será possível fazermos a paz.
“Este esforço deve mandar uma mensagem ao povo de Israel, ao povo judeu ao redor do mundo, às muitas pessoas no mundo árabe e, de fato, ao mundo inteiro, de que o povo de Israel quer a paz, apóia a paz. Por isso, obrigado.”
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