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Nesta secção do nosso guia para aprender fotografia de viagem, vamos explicar mais sobre que tipo de acessórios para fotografar mais adequados você precisa para fotografar.
Tripés e outros Suportes
Quando se fotografa pode ser necessário fazê-lo com luz limitada. Acontece quando se querem captar imagens nocturnas ou no interior de espaços fechados. Lembram-se do que acontece com a luz? Se não é muita, o fotógrafo tem de ajustar as definições da câmara para apesar disso conseguir obter uma fotografia. Pode puxar pelo ISO, perdendo qualidade, e aumentar para o máximo a abertura da lente. Mas mesmo assim é provável que seja precisa ainda mais luz, e só há mais uma forma de o conseguir: reduzindo a velocidade do obturador. Ao fazer isso, o fotógrafo vai precisar de imobilizar a câmara, garantindo que o tremor natural das suas mãos não provoca uma imagem tremida.
O método mais comum é a colocação da câmara num tripé, ao qual é fixada através de uma rosca.
Existem tripés de qualidades muito diferentes. Há imensa coisa que pode influir no funcionamento de um tripé: a robustez das suas juntas, a suavidade com que a “rótula” existente na “cabeça” do tripé roda, a altura a que se podem estender os seus pés e a forma como estes assentam no solo são alguns destes factores.
Teoricamente o peso também é considerado um factor de estabilização. Mas nos últimos tempos os fabricantes, sensíveis à importância de reduzir o peso do tripé para conforto e aumento da funcionalidade da ferramenta, têm vindo a trabalhar para obter tripés mais leves sem perda de estabilidade.
Os tripés de maior qualidade geralmente adquirem-se em dois módulos separados: a estrutura, com as “pernas” que se estendem, na extremidade das quais se encontram os “pés”, e a “cabeça”, que é como que o coração do tripé.
O sistema de encaixe é padrão, devendo servir em qualquer câmara.
Quem quiser uma ferramenta da estabilização mas não se imaginar a transportar um tripé nas suas viagens pode optar por um mini tripé. Alguns quase que cabem num bolso, podendo articular-se e dobrar-se. São leves e funcionais e geralmente muito baratos. Claro que não poderá esperar a mesma capacidade de estabilização, mas para um uso ocasional, são excelentes e uma óptima solução de compromisso.
Existem ainda monopés, mais leves e logo mais fáceis de transportar, mas que não oferecem o mesmo grau de estabilidade. São ideais para situações intermédias, em que se precise apenas de uma pequena ajuda na estabilização da câmara. Há bipés mas não são comuns nem fáceis de encontrar à venda.
Cartões de Memória Flash Air
Estes cartões de memória, desenvolvidos inicialmente pela Toshiba, estão equipados com um micro-dispositivo de Wi-Fi e comunicam com o seu dispositivo sem que tenha que os retirar da câmara. Num computador, poderá controlar a comunicação através de um browser, enquanto que num telemóvel ou tablet poderá instalar uma app específica para esses efeitos.
Trata-se de um equipamento um pouco trivial para quem usa um computador, mas que pode dar muito jeito quando se está a trabalhar com um telemóvel, especialmente para quem costuma colocar imagens no Instagram ou Facebook.
Equipamento de Transporte
Estojos, mochilas, malas. O material fotográfico tem que viajar connosco. E para o acomodar existem diversas opções e considerações, e muito se relaciona com as suas escolhas pessoais, não só no que toca ao equipamento de transporte mas no que diz respeito ao material fotográfico em si.
Quem tem uma tendência minimalista, precisará de pensar menos nesta questão do que quem está disposto a viajar com uma panóplia considerável de material fotográfico, claro.
Portanto, vou começar por citar a forma mais simples de todas: pegar numa câmara fotográfica e “mandá-la” para dentro da mochila. Isto se o seu estilo não se basear na mera utilização do telemóvel!
Se leva apenas uma câmara, seja ela uma SLR, uma compacta, uma mirrorless ou uma bridge mas quer protegê-la um pouco durante o transporte, pode comprar um estojo simples. Alguns são produzidos à medida do seu modelo de câmara, outros são generalistas. Poderá ver nas lojas da especialidade ou comprar online, por exemplo, no eBay.
No caso de ter alguns acessórios ou uma lente extra para a sua SLR, existem estojos mais complexos, com compartimentos adicionais. Mas se levar a sério a sua fotografia de viagem e estiver decidido a transportar uma série de equipamento, terá mesmo que investir numa mochila ou mala desenhada para albergar um lote vasto de peças fotográficas. A variedade e os preços não têm limites. Mas considere que:
Uma mala de equipamento fotográfico cujo aspecto seja revelador do conteúdo é um chamariz para os amigos do alheio.
NOTA: Voar com equipamento fotográfico no porão do avião é um risco considerável para o seu material.
Material de Limpeza
Talvez não seja necessário atafulhar a nossa bagagem com material de limpeza, talvez seja possível tratar com carinho do nosso equipamento depois de regressarmos. Mas se tem espaço na mala e gosta de manter as coisas limpas, poderá querer levar consigo um spray e um pano de limpeza de lentes, assim como um soprador, que é usado para afastar partículas de poeira pousados em superfícies sensiveis sem que seja preciso tocar-lhes. É especialmente útil para poeiras que tenham aderido ao sensor da câmara (no caso de câmaras com lentes que se mudam). Em alternativa existem pequenos sistemas de ar comprimido que servem para os mesmos efeitos.
Outros Acessórios
Para além dos extras já indicados existem muitos outros acessórios que poderão adequar-se ao seu estilo de fotografar e preferências pessoais.
Um controlo remoto pode ser precioso para reduzir a vibração da câmara no momento do disparo, quando se encontra montada num tripé. Ou para tirar aquela foto de grupo sem ser preciso a correria quando o botão do disparo é premido com um temporizador. Ou mesmo para fotografar animais ou em qualquer contexto onde não possamos ou não desejemos estar junto à câmara no momento do disparo.
Quem viaja pode querer proteger a câmara de impactos ou agressões da natureza e existem imensos acessórios para isso, especialmente para os modelos de câmara mais comuns. Existem protecções feitas à medida desses modelos, que se colocam como uma armadura. E adaptadores que se montam sobre o LCD funcionando como persianas. Sem falar nas películas de protecção que se podem colocar sobre os ecrãs e nos invólucros à prova de água que funcionam como gabardines para as nossas câmaras.
Se quiser abordar desde logo fotografia avançada, um bom flash externo será uma aquisição importante. Permite-lhe usar essa fonte de luz artificial de forma elaborada, com mais controlo e com mais potência.
Apesar da utilização generalizada de software para apurar as imagens recolhidas ter tornado a utilização de filtros físicos obsoleta, há ainda situações em que estes são insubstituíveis. É o caso de situações em que, ao contrário do problema do costume, o de falta de luz, exista tanta luz que seja preciso reduzi-la artificialmente. Nesses momentos, um filtro desenhado para o efeito e acoplado às lentes será precioso. Este é apenas um exemplo. Há outros filtros que ainda dão bastante jeito, como um bom polarizador, que permite reduzir ou aumentar reflexos de luz e dar profundidade à tonalidade azul do céu.
Por fim, há que considerar levar baterias e cartões de memória extra. Se sentir necessidade, claro. Tudo vai depender do seu equipamento e do seu estilo de fotografar. Quem usa câmara SLR vai precisar de menos bateria, mas se calhar, pelas dimensões do sensor, já vai sentir mais necessidade de espaço nos cartões.
Quem optar por câmaras mirrorless é provável que queira mesmo levar um par de baterias extra na bagagem, porque a autonomia média destas câmaras ronda as 300 fotografias com uma carga de bateria. É pouco, a não ser que também se fotografe pouco ao longo de um dia de viagem.
Os que usam o smartphone para fotografar em viagem podem levar também baterias extras no bolso, mas não é uma ideia especialmente boa. Geralmente as baterias de telemóvel passam por um processo de calibração e mudá-las constantemente vai confundir muita coisa. No final, poderá acabar por usar baterias que apesar de fisicamente saudáveis lhe vão durar muito pouco.
O melhor será usar power banks, que mais não são do que grandes baterias com uma funcional embalagem que permitem uma transmissão de energia deles para a bateria do telemóvel. Há power banks com várias capacidades de armazenamento. Na maioria dos casos um bom power bank de 10.000 mah deverá dar para carregar completamente o seu smartphone quatro vezes consecutivas, sem necessidade de o pôr à carga. Na hora da compra tente obter uma unidade que permite carregar pelo menos dois dispositivos ao mesmo tempo e que tenha um indicador com o nível de carga disponível. E, claro, que seja compacto e facilmente transportável.
Quanto aos cartões, pode investir um pouco e arranjar um de 128 Gb. Com esta capacidade terá uma autonomia considerável. Mesmo que ande pelo mundo meses a fio é muito provável que não o consiga encher, a não ser que costume também fazer vídeos.