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Nesta entrevista temos o viajante David Samuel Santos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
David Samuel Santos – Perfil de Viajante
- Nome completo: David Samuel do Rosário Santos
- Profissão: Engenheiro Electrotécnico
- Data de nascimento: 1984
- Local de nascimento: Coimbra – Portugal
- Local de residência: Tojal de Cima – Portugal
- Quantos países já visitou: 28
- Quantos continentes já visitou: 3
- Maneira preferida de viajar: Caminhando, boleia
- Comida preferida: Feijoada
- Cor preferida: Azul
- Banda preferida: Virgem Suta
- Fruta preferida: Maracujá
- Livro de viagem preferido: El camino del viajero, de Jorge Sanchez
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Sim
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Viajo para viver
- Próximas viagens: Malta, China, India
- Países onde não voltaria: Voltaria a qualquer um
- Países onde voltaria: Israel, Turquia, França
- Países com melhor comida: Portugal, França, Síria
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Polónia / Itália
- Hotel preferido: O terraço do Petra Hostel, que fica na zona mais alta da cidade velha de Jerusalém
- Site / blog: http://www.dobrarfronteiras.com
David Samuel Santos – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de David Samuel Santos
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
Não sei o que procuro nas viagens, mas em cada uma acabo por encontrar algo de novo e surpreendente que me enriquece e faz querer sair de novo. Gosto dos imprevistos, embora passe dias a planear cada viagem. Gosto de chegar exausto a um local e sentir que valeu a pena. Nas minhas viagens faço questão de visitar o máximo de locais património da Humanidade e locais de importância religiosa e histórica.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
A primeira viagem que o fiz sozinho foi em 2008. Falava pouco inglês, tinha pouco dinheiro, mas uma enorme vontade de ir: apanhei um avião para Roma e daí fui de barco, comboio, autocarro, avião e a pé, contornando o Mediterrâneo, até ao Egipto. Viajar sozinho a primeira vez é uma experiência que nos marca, pois somos obrigados a abandonar a nossa zona de conforto e só podemos contar connosco mesmos.
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Primeiro comece por ler: experiências de outros viajantes, vida e cultura de outros povos, história. Apaixone-se por um lugar, por um povo, por uma tradição, por um monumento. Cultive em si a curiosidade e não se satisfaça em ver na TV, na internet ou num livro.
Depois, sem pensar muito, compre um voo, não reembolsável, que o leve para perto desse lugar e vá. Não se preocupe se não tem companhia ou se não sabe falar línguas. Tudo isso vai ser ultrapassado nas primeiras horas. Tem pouco dinheiro? Ande à boleia, use o couchsurfing, caminhe, trabalhe enquanto viaja.
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Não, nunca vivi fora de Portugal por tanto tempo.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
Sem dúvida que é difícil escolher só uma. De entre tantas, recordo a “não” paisagem que se experimenta a conduzir de noite no deserto. Fiz a estrada entre Nouadhibou e Nouackchott na Mauritânia durante a noite, cerca de 350km. A escuridão do deserto é tão pesada que os faróis do carro nada mais conseguem que iluminar a via. O resto da luz perde-se para as estrelas. Nós somo apenas mais um ponto de luz que se move no espaço, como se de um filme de ficção científica se tratasse. Ao longe, como estrelas cadentes vêm-se de vez em quando pequenas luzes aproximarem-se de nós. São outros condutores, a lembrar-nos que não estamos sós no universo.
Vídeo de David Samuel Santos na Turquia
Viagem comboio Divrigi – Erzincan, Turquia