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Nesta entrevista temos o viajante Fabrício Gonzaga.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
Fabricio Gonzaga – Perfil de Viajante
- Nome completo: Fabrício Gonzaga Araújo
- Profissão: Fotógrafo e diplomata
- Data de nascimento: 1985
- Local de nascimento: Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil
- Local de residência: Madrid – Espanha
- Quantos países já visitou: 14
- Quantos continentes já visitou: 5
- Maneira preferida de viajar: Carro, com amigos
- Comida preferida: Moqueca (comida típica da Bahia)
- Cor preferida: Amarelo
- Banda preferida: Doces Bárbaros
- Fruta preferida: Umbu
- Livro de viagem preferido: A insustentável leveza do ser, Milan Kundera
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Sim
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Viajo para viver
- Próximas viagens: Camboja, Tailândia, Reino Unido
- Países onde não voltaria: Voltaria a todos
- Países onde voltaria: Brasil, França, Alemanha
- Países com melhor comida: Brasil, Peru, Estados Unidos (Havaí)
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Espanha
- Hotel preferido: Banana Bungalow Maui Hostel, Hawaii
- Site / blog: www.fabriciogonzaga.viewbook.com
Fabrício Gonzaga – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de Fabrício Gonzaga
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
Procuro sentir e aprender com o novo – pessoas, cores, praças, céus, modo de vida, animais, cidades, frutas, comidas, sabores, mercados, lojas, bebidas, etc… Ao final, sente a essência do lugar e passa a questionar/influir a própria. Quero encontrar uma experiência autêntica.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
Havaí. Foi uma viagem espiritual, dessas que nos ensinam a viver. Tudo era mágico, tinha a sensação que tudo o que eu pedia acontecia, como se os Deuses daquela terra adorassem a minha presença. Escalei montanhas, participei de rituais, me apaixonei, fiz bons amigos, meditei, tive um professor, pulei de cachoeiras, surfei… e tudo em meio a paisagens arrebatadoras de tão deslumbrantes. Não preciso explicar muito, não é?
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Para os iniciantes sugiro escolher um destino qualquer baseado nas belezas naturais – assim fica mais fácil chegar à contemplação que se espera de uma viagem. Aos poucos, as belezas dos aspectos sociais aparecerão como algo a ser igualmente admirado. Ficar em algum Hostel (e não Hotel) para conhecerem outras pessoas. Em geral, disponibilizam programas turísticos mais autênticos. Ficar mais tempo nos lugares em vez de muitos lugares e pouco tempo. Assim começa a praticar o “conhecer menos e experenciar mais”. Se há pessoas que moram ali, é porque 2, 5 ou 100 dias não é suficiente para saber tudo do lugar. Quando? Quando puder e quiser. Queira! Porquê viajar? Viaje e me diga o seu porquê!
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Morei nos Estados Unidos por um ano quando tinha 16 anos. Fazia intercâmbio cultural. Apesar de ser tão jovem, aprendi a apreciar e respeitar uma cultura diferente da minha. A experiência ajudou-me a abrir os olhos para o mundo e a querer conhecê-lo mais.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
Tenho que escolher a paisagem de pôr do sol no sertão brasileiro. Era moleque e ia sujo de poeira na carroceria de uma camionete, depois de um dia de aventuras, cavalos e muito mato. A cena era um sol laranja que delineava o contorno das árvores retorcidas sobre o mato seco à medida que a camionete seguia pela estrada de terra batida. Nessa altura, senti e memorizei o peso e a beleza da terra onde fui criado, além de um melancólico calafrio – este típico final de tarde no sertão.