Índice
Nesta entrevista temos o viajante Francisco Fernandes.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
Francisco Fernandes – Perfil de Viajante
- Nome completo: Francisco Fernandes
- Profissão: Trabalhador por conta própria
- Data de nascimento: 1979
- Local de nascimento: Vinhais – Portugal
- Local de residência: Vila Nova de Gaia – Portugal
- Quantos países já visitou: 7
- Quantos continentes já visitou: 2
- Maneira preferida de viajar: Jipe, mota, comboio, avião
- Comida preferida: Não sou esquisito
- Cor preferida: Verde
- Banda preferida: Não tenho
- Fruta preferida: Diversas, é fruta!
- Livro de viagem preferido: Diversos
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Não
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Trabalho para viajar e viajo para viver
- Próximas viagens: Índia, América do Sul e ilhas dos Palops
- Países onde não voltaria: Voltarei a todos enquanto puder viajar
- Países onde voltaria: Voltarei a todos enquanto puder viajar
- Países com melhor comida: Portugal, Marrocos e Índia
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Portugal
- Hotel preferido: Acho que o melhor hotel foi mesmo dormir numa tenda no meio do nada e debaixo de um céu estrelado como nunca tinha visto
- Site / blog: http://www.rituais.com
Francisco Fernandes – Rubrica: Quem viaja – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de Francisco Fernandes
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
As viagens para mim são, numa primeira fase, um escape à sociedade e ao stress em que vivemos e, em segundo, um bichinho que mexe cá dentro e que me leva a querer conhecer mais de certos países. Partir à aventura, por vezes sem olhar a nada e apenas com o objectivo humilde de partilhar, conhecer outras culturas, pessoas diferentes, a gastronomia, as paisagens, etc. No fundo dar e receber.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
A viagem mais marcante penso que foi em 2009 com a subida ao Toubkal. Foi um grande momento, a chegada ao topo nos 4200m. No entanto, penso que a primeira vez que fui a Marrocos em 2004 ainda foi a viagem mais emocionante, pois ninguém queria ir comigo, diziam que ainda ia acontecer alguma coisa e eu sonhava todos os dias ao ler os relatos das viagens de outras pessoas por aquelas bandas. Nessa altura tinha acabado de adquirir um 4×4, portanto foi fazer a mala e seguir viagem.
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Primeiro tem de se sentir que se quer viajar, que se querem sentir emoções diferentes, que se tem abertura interior para dar e receber, para aceitar pessoas e culturas diferentes. Existem muitos modos de viajar e as pessoas não são todas iguais, temos de saber como nos vamos sentir mais à vontade na viagem e não vale a pena querer imitar o outro viajante e fazer tudo igual. Temos de ser nós próprios a viajar ou a viver como preferirem!
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Sim, estive em Angola, Cabinda a trabalhar precisamente uns 6 meses. Penso que nunca mais vou esquecer quer as amizades que fiz, quer as dificuldades que tive e acima de tudo os cheiros. Ainda hoje consigo sentir alguns dos cheiros de Cabinda e isso é muito compensador.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
É difícil, no entanto a imensidão do deserto e a imponência da montanha é algo que me deixa sempre inquieto. Penso que em ambas as situações apenas me senti a receber energia da natureza, do momento e tive que saber aproveitar isso porque é uma dádiva.