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São vários os momentos históricos que marcam a evolução desta cidade ao longo dos séculos. Ficou marcada nos livros de História a data da invasão romana do local que é agora Londres. Foi em 43 d.C. e chamaram-lhe de Londinium. Fortificaram a cidade com uma muralha e construíram uma ponte sobre o rio Tamisa em Southwark. No século III, Londres tinham aproximadamente 50 mil habitantes.
Aquando da queda do Império Romano, no século V, a cidade perdeu muitos habitantes e até ao século IX foi ficando despovoada. Com a reconstrução da ponte sobre o rio Tamisa, Londres retomou a sua importância, sendo que no século X tornou-se num importante centro de trocas comerciais, apoiada pelo seu porto no rio.
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A proximidade de um rio navegável foi um dos principais factores para que, desde tempos remotos, se fixassem aqui os governantes. Depois de 930, os anglo-saxões reuniam lá o seu conselho e, no ano 1000, o rei Etelredo usa a cidade como capital – a capital anterior era Winchester, que hoje faz parte da metrópole de Londres. Já nos tempos dos vikings Londres assume-se como capital.
Outra data histórica de Londres é a conquista Normandia em 1066. Veio de França esta invasão que tinha como líder Guilherme – o Conquistador – que, no dia de Natal daquele ano, foi coroado rei de Inglaterra, como Guilherme I, na Abadia de Westminster. Os reis ficavam a habitar na Torre de Londres. Surge, em documentos, com a data de 1240 a instalação do primeiro Parlamento em Londres.
Em 1534 dá-se a grande separação entre a coroa inglesa e Roma. O rei da altura, Henrique VIII – que teve seis mulheres – criou uma cisão com a Igreja Católica Romana porque queria instituir o divórcio para benefício próprio. Tornou-se assim o chefe da Igreja em Inglaterra, a Igreja Anglicana.
Em 1603, o Rei Jaime I tentou unir num só país Inglaterra e a Escócia e, como se pode ver agora, não correu bem. Foi este rei que avançou com o primeiro parque verde aberto ao público em Londres, que é o Hyde Park.
Anos mais tarde, a crença de Carlos I (reinado de 1625 a 1649) do direito divino dos reis levou a uma guerra civil. A causa real foi derrotada e o rei foi decapitado em 1649. Seguiram-se 11 anos de Puritanismo e o seu filho, Carlos II, marcou o regresso do poder monárquico com a Restauração de 1660.
Em 1666, um grande incêndio destrói parte da cidade de Londres. A Catedral de St. Paul foi um dos muitos monumentos consumidos num fogo que durante cinco dias foi destruindo tudo o que surgia à frente. Foi Sir Christopher Wren quem replaneou a reconstrução da parte da cidade que foi destruída pelo incêndio. A reconstrução durou cerca de 15 anos.
Em 1700, a população londrina rondava os 700 mil habitantes. E em 1800 era tida como a maior cidade do mundo. Por isso, era também muito escolhida como destino de imigração oriunda de muitas nações. Ainda hoje em dia, Londres é considerada um verdadeiro melting pot mundial pela sua multiculturalidade. No século XVIII foram construídas várias pontes que ligavam as duas margens do rio Tamisa.
Revolução Industrial e Grande Guerra
A Revolução Industrial trouxe grande protagonismo a Inglaterra e consequentemente Londres manteve-se uma das cidades mais importantes da Europa, no século XVIII. Depois de uma grande evolução nos caminhos de ferro, o metro de Londres foi inaugurado em 1863 e assim nasceu a primeira via-férrea subterrânea. Foi nos seus túneis que muitos se refugiaram durante os bombardeamentos nazis da Segunda Guerra Mundial.
A guerra destruiu parte de Londres nos anos de 1940 e 1941. Os ataques aéreos alemães mataram mais de 30 mil londrinos e os bombardeamentos destruíram parte das Docas, da City e do East End. Monumentos como a Câmara dos Comuns, a Abadia de Westminster e a Torre de Londres também ficaram danificados e posteriormente foram recuperados.
Com essa reconstrução foi dada uma nova vida à cidade de Londres. Surgiram, a par da arquitectura antiga, novos projectos de edifícios modernos. E se, nos anos 60, se tornou um centro de moda e cultura, foi nos anos 80 que a cidade teve um novo impulso económico, iniciado em 1973, quando o Reino Unido se tornou membro da União Europeia.
Independentistas e extremistas
A relação do governo central com a Irlanda e, mais recentemente, com a Irlanda do Norte foi sempre difícil. Desde 1997 que está em vigor um cessar-fogo com o IRA (Exército Republicano Irlandês) que, sobretudo nos anos 70, levou a cabo vários ataques mortais em Londres. Em 2005, a cidade foi atacada por extremistas islâmicos provocando a morte de mais de 50 pessoas e cerca de 700 feridos.
Família Real
Muito provavelmente, a monarquia inglesa é a mas rentável do mundo. Rentável porquê? Porque muito do turismo se desenvolve em redor das celebrações e da vida da família real britânica. Os membros da família pertencem à Casa de Windsor, por nascimento ou por casamento.
Começou por haver reis de Inglaterra, entre 829 e 1707, depois seguiram-se os reis da Grã-Bretanha, entre 1707 e 1801 e, por fim, reis do Reino Unido, desde 1801 até aos dias de hoje.
O primeiro rei foi Egbert I. Aliás, foi rei de Wessex, mas é considerado como o primeiro rei de Inglaterra. Daí ter existido a Casa de Wessex até 1013 com Ethelred II, deposto pelo dinamarquês Svend I. Foi com este rei que se impôs a Casa de Harthacnut em 1013, mas o reinado durou pouco menos de um ano. A Casa de Wessex regressou logo nesse ano com Ethelred II de novo, que reinou até 1016.
A ele sucedeu Edmundo II que morreu às mãos dos dinamarqueses que ocupavam parte de Inglaterra. Com isto veio de novo a Casa de Harthacnut que durou por mais três reinados e até 1042. A Casa de Wessex regressa nesse ano com São Eduardo – que foi canonizado em 1161.
Em 1066 a Casa de Wessex é substituída pela Dinastia Normanda, já que Guilherme I reclamou o trono, uma vez que São Eduardo não deixou descendentes – e por ser parente da mãe do rei. Viu negado o pedido e, por isso, decidiu conquistar Inglaterra, tendo-se estabelecido como rei até 1087.
A usurpação chega de novo ao trono em 1141 quando Matilde, A Imperatriz, foi nomeada pelo pai Henrique I, como sua sucessora. O trono foi usurpado e dá entrada a Casa Plantageneta. Seguem-se várias mudanças no próximos séculos entre a Casa de Lencastre e a Casa de Iorque. Até que, em 1485, assume o reino a Casa de Tudor e, em 1625, a Casa de Stuart regressa, depois da 1ª Commonwealth em 1660.
Os Reis da Grã-Bretanha começam com a rainha Ana em 1714. Seguiu-se a Casa de Hanover, a Casa de Saxe-Coburgo-Gota, e a Casa de Windsor que começa com George V em 1910 e se prolonga até aos dias de hoje.
Londres nos dias de hoje
A actual monarca, Elizabeth II, nascida em 1926, é rainha do Reino Unido, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.
A rainha tomou posse, com 27 anos, quando o seu pai, George VI, morreu em 1952. Era a filha mais velha (teve uma irmã) e não tinha irmãos rapazes. É a segunda mais velha monarca britânica, já que antes de si reinou a rainha Vitória que morreu com 81 anos, em 1901, e que era trisavó de Elizabeth II. Esse marco já foi alcançado pela actual rainha em Setembro de 2015, quando passou a ter o reinado mais longo.
A rainha Elizabeth II já conheceu o governo de 12 primeiros-ministros diferentes e, curiosamente, é a primeira monarca britânica a ter dois jovens primeiros-ministros e que, por isso, nasceram durante o seu reinado: Tony Blair e David Cameron.
A rainha é casada com o Duque de Edimburgo, Filipe, com quem teve quatro filhos: Carlos, Príncipe de Gales, Ana, Princesa Real, André, Duque de Iorque e Eduardo, Conde de Essex.
O sucessor ao trono é o Príncipe De Gales, Carlos, que foi casado com a falecida Diana e actualmente, desde 2005, com Camilla Parker Bowles. Tem 64 anos e ao que tudo indica será o próximo rei.
No entanto, os membros da família real mais falados e sobre quem se vendem mais notícias, são os seus netos, filhos de Carlos e Diana. Harry pelos escândalos e William pelo seu casamento com Kate Middleton. São estes agora o casal mais famoso da família real, até porque Kate já deu à família real dois potenciais herdeiros, o príncipe George e a princesa Charlotte.
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