Os dois irmãos
Era uma vez dois irmãos. O mais velho chamava-se Anupu, e o mais novo, Bata. Anupu era casado e tinha uma quinta onde morava com a sua mulher. Cuidava também de Bata e tratava-o como a um filho. Em troca, Bata fazia tudo o que lhe era possível para ajudar Anupu. Fazia-lhe as roupas, levava o gado para as pastagens, lavrava os campos, tratava das colheitas e fazia tudo o mais que precisava de ser feito.
Bata era um belo moço e não havia nos arredores quem lhe comparasse. Havia nele um ar divino, como se algum Deus o tivesse tocado. Saía todos os dias para tratar dos seus deveres no campo, e à noitinha voltava para a casa de Anupu, levando os produtos da estação para a cozinha, o leites das vacas, forragem para os animais, lenha e palha para o aquecimento e para os colchões das camas.
Todas as manhãs Bata acordava cedo e preparava a primeira refeição do irmão. Habitualmente Anupu dava-lhe provisões para o dia inteiro e despachava-o para ir fazer os trabalho do campo.
Entretanto, Bata possuía uma rara aptidão para tratar do gado e confiava em que os animais lhe dissessem onde estavam as melhores pastagens. Quando saíam da quinta pela manhã, os animais diziam qual era o pasto que estava excepcionalmente bom neste ou naquele campo. Bata levava-os então para o lugar que eles haviam aconselhado. Por isso, os animais iam-se desenvolvendo todos bem, tornando-se belas reses e dando óptimos bezerros.
Quando a estação da lavoura chegou, Anupu disse a Bata: « Prepara uma boa junta de vacas para arar a terra. As águas da cheia do Nilo já desceram e a terra está em boas condições para a lavoura. Não te esqueças de levar muitas sementes. Começaremos a lavrar a terra amanhã de manhã. »
Bata tomou nota do que o irmão dissera e, antes de se ir deitar naquela noite, preparou tudo o que seria necessário para o dia seguinte. Mediu as sementes e deu atenção especial às vacas, para que pudessem sair bem cedo pela manhã.
Ao nascer do Sol, Anupu e Bata saíram juntos com os bois e as sementes. Era uma bela manhã de tempo suave e o trabalho correu muito bem. Os dois irmãos apreciavam muito o trabalho que faziam e eram felizes. O trabalho ficou tão adiantado que as sementes se acabaram, e Anupu mandou Bata a casa, para que ele trouxesse mais.
Quando Bata chegou a casa, encontrou a cunhada sentada à sombra da parte de fora, a pentear ps cabelos e a aplicar cremes. « Levanta-te e vai buscar mais sementes », disse ele. « Precisamos de mais sementes no trabalho, e o meu irmão está à espera que eu volte. Não demores. »
« Claro que não vou fazer isso! », disse a mulher. « Vai tu ao celeiro e serve-te do que quiseres. Achas que vou parar de cuidar dos meus cabelos por tua causa? »
Bata foi ao celeiro sem discutir, com um grande vaso, o qual encheu com as sementes de que precisava. Quando saiu do celeiro, a mulher viu-o a transportar a sua carga com facilidade e parecendo muito belo e forte. « Qual é a carga qu levas ao ombro? », perguntou ela.
Bata respondeu-lhe: « Três sacos de trigo e dois sacos de cevada. »
A mulher de Anupu nunca prestara muita atenção a Bata, mas naquele dia tomou conhecimento dele e sentiu-se dominada por um grande desejo. Reteve-o então a conversar, louvando-lhe a beleza e admirando-lhe a força. Por fim, segurou-o e disse: « Entra comigo uma hora para fazer amor. Tudo farei para que as coisa te corram bem e mandarei fazer belas roupas para ti. »
Mas Bata não quis saber do convite. Reagiu furiosamente, como um leopardo enraivecido, lembrando-lhe que ela era como uma mãe para ele. « Nunca mais me fales assim », disse-lhe ele. « Nada direi a ninguém sobre o que aconteceu. »
Bata pegou na sua carga, voltou para onde estava o irmão e continuou o seu trabalho. Durante todo o ia o trabalho correu muito bem, e quando a noite caiu, Anupu e Bata tinham feito muito mais do que esperavam. Quando a luz era tão fraca que já não era possível trabalhar, Anupu voltou para casa deixado o irmão mais novo para levar de volta a junta de vacas e o produto dos campos, como sempre fazia. Reuniu também o gado, a fim de levá-lo para o estábulo durante a noite.
Enquanto isso, a mulher de Anupu tivera bastante tempo para reflectir sobre o que se passara de manhã entre ela e Bata e chegou à conclusão de que tinha sido muito leviana. Sentia um verdadeiro terror de que Bata houvesse falado a Anupu dos seus intentos. O ataque pareceu-lhe o melhor meio de defesa, e então cobriu-se com gordura, fingindo que tinha sido espancada, ao mesmo tempo que bebia óleo para que ficasse enjoada. Ia dizer ao marido que Bata havia batido nela pela manhã.
Como era costume, Anupu chegou a casa primeiro e ficou surpreendido por ver a mulher em tão horrível estado, deitada na cama a gemer como se tivesse sido espancada e a vomitar. Não fora esperá-lo à porta de casa como era seu hábito, levado-lhe água para lavar as mãos e uma luz para que ele pudesse entrar em casa. Anupu entrou tacteando e encontrou-a naquele triste estado. « Quem é que esteve contigo e te deixou nesse estado? », perguntou ele.
Ela respondeu: « Ninguém a não ser o teu irmão. Quando ele veio buscar mais sementes, hoje de manhã, encontrou-me sentada sozinha e sugeriu que passássemos uma hora deitados juntos. É claro que não lhe dei ouvidos. Lembrei-lhe que eu era como uma mãe para ele, e que tu eras como um pai. Ele então perdeu a cabeça e bateu-me para que eu ficasse calada. Se tu o deixares vivo depois disso que ele fez, quem se matará sou eu. Mas não esperes para interrogá-lo quando ele voltar, porque certamente diante das minhas acusações el as transformará numa ofensa feita a si mesmo. »
Quando ouviu isso, Anupu perdeu toda a calma. Pegou na sua lança e tomou posição por detrás da porta do estábulo e ali ficou esperando a volta de Bata.
Ao fim de algum tempo, Bata aparece com o gado e com o produto dos campos, como normalmente fazia. Quando a primeira vaca entrou no estábulo, disse: « Cuidado, Bata! O teu irmão está aqui com uma lança para te matar. »
A segunda vaca fez o segundo aviso e quando Bata viu os pés de Anupu, que apareciam por detrás da porta do estábulo, largou a sua carga e saiu correndo tão depressa quanto pôde, enquanto nupu o perseguia, brandindo a lança.
Enquanto corria, Bata pedia em voz alta ao grande Deus Ré-Horakhti: « Ajuda-me, meu bom senhor! Porque tu és aquele que julga entre o mal-feitor e o homem justo! »
O Deus ouviu-lhe a prece e, em resposta, fez surgir entre os dois irmãos uma extensão de água infestada de crocodilos. Anupu ficou na outra margem a bater furiosamente as mãos, e Bata gritou para ele: « Espera até ao amanhecer, quando será feito julgamento entre nós. Mas nunca mais viverei convosco. Vou para o Vale do Cedro. »
Quando amanheceu, Bata viu o seu irmão do outro lado da água e gritou-lhe « Porque me perseguiste com a tua lança antes de ouvir o que eu tinha para te dizer? Afinal de contas, sou o teu irmão mais novo, e tu e a tua mulher têm sido para mim como um pai e uma mãe. Quando ontem fui a casa para procurar arranjar mais sementes, a tua mulher tentou seduzir-me, mas eu neguei a fazer qualquer coisa com ela e agora ela voltou os factos contra mim. »
Bata contou ao irmão tudo o que tinha sucedido, fez um juramento invocando o nome de Ré-Horakhri, e disse: « Tu vens para me matar, com a tua lança na mão, por instigação de uma desenvergonhada! »
Pegou então numa faca e cortou o pénis, atirando-o para dentro da água, onde um peixe o engoliu. Bata caiu imediatamente desmaiado no chão, e o seu irmão, compreendendo como agira mal, sentiu-se cheio de culpa e tristeza. Não podia, porém, atravessar a água para chegar onde estava Bata, por causa dos crocodilos e ficou na outra margem a chorar.
Depois, Bata chamou de novo Anupu e disse-lhe: « Pensaste em cometer uma má acção! Não pensaste numa boa acção e nem te lembraste das coisas que eu fiz para ti. Volta para a tua casa e toma conta dos animais, pois eu jamais estarei num sítio onde tu estejas. Vou para o Vale do Cedro. E quanto ao que tu deverás fazer por mim, irás fazê-lo para tomar conta de mim quando souberes que alguma coisa me aconteceu, pois eu vou arrancar o meu coração e colocá-lo na flor do cedro. Se o cedro for cortado e o meu coração cair no solo vem procurá-lo, e disso não desistas, mesmo que passes 7 anos a procurar. Quando encontrares coloca-o dentro de um vaso de água fresca, para que eu renasça e possa vingar-me de quem me fez mal. Tu saberás que alguma coisa me aconteceu quando te puserem na mão uma caneca de cerveja e ela transbordar: Quando isso acontecer, vem imediatamente. »
Bata partiu então para o Vale do Cedro, e Anupu voltou para casa cheio de tristeza, gemendo com as mãos na cabeça e coberto de pó. Depois de ter chegado a casa matou a mulher e lançou o copro dela aos cães, lamentando a perda do seu irmão mais novo.
Muitos dias depois, Bata chegou ao Vale do Cedro, passando a viver ali. Levava os dias a caçar no deserto e regressava ao entardecer para dormir debaixo do cedro cuja flor ele tinha guardado o seu coração. Ali construiu com as suas mãos um castelo cheio de coisas boas, onde tinha o seu lar.
Um dia, quando saía do seu castelo, encontrou a Enéade, a grande assembleia dos nove deuses que falavam entre eles e tratavam dos assuntos do país. Os deuses da Enéade disseram a Bata: « Ó Bata, touro da Enéade, tu estás aqui sozinho depois de teres saído da tua terra e de teres fugido da mulher de Anupu, o teu irmão mais velho? Pois bem, ele matou a mulher, e assim tu foste vingado de quem agiu mal contra ti. »
Os deuses tiveram muita pena de Bata, e Ré-Hokhakti, o Deus principal disse a Khnum, o Deus que modelava os homens no barro, que fizesse uma esposa para consolá-lo. Khnum assim fez, produzindo uma mulher admirável, composta de elementos divinos. Mas as Sete Hathores, que sabiam o destino de todas as criaturas, advertiram: « Ela terá uma morte horrível. »
Bata amava-a imensamente e caçava diariamente para ela. Recomendava-lhe que não saísse de casa e que tivesse cuidado: « Tem cuidado, para que o Deus do Mar não te leve.não te poderás salvar dele, porque em todo o caso és uma mulher. O meu coração está no alto da flor do cedro, e se alguma pessoa o descobrir, terei de lutar com ela. »
E então Bata contou-lhe tudo o que se passava acerca do seu coração. Depois partiu para a caça.
Um dia, porém, a mulher de Bata saiu para dar um passeio e foi perseguida pelo Deus do Mar, que rolava em vagas diante dela. Ela fugiu e refugiou-se em casa,mas o Deus do Mar pediu ao cedro para a agarrar. O cedro então roubou um anel dos cabelos dela e deu-o ao Deus do Mar.
O Deus do Mar levou o anel para o Egipto e depositou-o num lugar onde os servos do faraó ( vida, força e saúde ) costumavam lavar a roupa. O perfume dos cabelos impregnou as roupas do faraó ( vida, força e saúde ), cujos servos se queixaram aos lavadeiros, os quais ficaram muito intrigados com o facto. A disputa entre uns e outros prolongou-se por vários dias e o chefe dos lavadeiros sentia-se muito deprimido.
Depois de uma das discussões diárias, foi ele mesmo dar um passeio pela margem do rio, a fim de examinar calmamente o assunto. Parou por acaso exactamente no lugar onde o anel de cabelos estava dentro da água. Mandou um homem mergulhar para apanhá-lo e, quando o examinou, percebeu que tinha um cheiro muito doce.
Levou-o então ao faraó ( vida, força e saúde ) que pediu a opinião de seus escribas, os quais lhe disseram: « Estes cabelos pertencem a uma filha de Ré-Hokhakti, que é a semente de todos os deuses. Deve ser um presente para ti, vindo de uma terra distante. Envia um mensageiro ao Vale do Cedro, com uma escolta, para a procurar. »
Então sua majestade disse: « Enviai mensageiros a toda a parte para procurá-la. »
Os mensageiros partiram imediatamente e, algum tempo depois, todos os mensageiros voltaram, excepto os que tinham ido ao Vale do Cedro. Bata matara-os a todos, poupando apenas um para que levasse a notícia ao faraó (vida, força e saúde).
Sua majestade enviou então uma grande força armada para ir buscar a mulher de Bata, fazendo acompanhar os soldados por uma mulher que levava toda a espécie de jóias e vestidos. Os soldados apoderaram-se da mulher de Bata sem qualquer dificuldade e levaram-na para o Egipto em grande regozijo.
Sua majestade apaixonou-se imediatamente por ela e deu-lhe o título de sua primeira favorita. Mas temia a vingança por Bata e pediu À mulher que lhe descrevesse o marido. Ela então aconselhou o rei a mandar cortar o cedro e a rachá-lo. Os soldados voltaram para cortar a árvore, e assim o fizeram, derrubando o cedro com a flor em que estava depositado o coração de Bata. Nesse momento, Bata caiu morto.
No dia seguinte, quando Anupu, irmão de Bata, voltou para casa e se sentou, foi-lhe levada uma caneca de cerveja que se encheu de espuma e transbordou. Levaram-lhe depois uma caneca de vinho e este ficou azedo.
Anupu preparou-se imediatamente para a viagem, pegou nas suas armas e partiu para o Vale do Cedro. Quando chegou entrou no castelo de seu irmão e encontrou-o morto, deitado no leito como cadáver. Chorou ao vê-lo assim, mas lembrou-se do que ele lhe dissera muito antes e saiu à procura do seu coração, sob o cedro debaixo do qual o seu irmão dormia.
Durante três anos procurou em vão, mas quando o quarto ano começou teve saudades do Egipto. Na véspera do dia que decidira voltar, procurou mais uma vez e encontrou a baga que era o coração de Bata. Colocou-a num jarro de água fresca e durante a noite a baga absorveu a água. O corpo de Bata estremeceu então e olhou para Anupu, que correu para o jarro e deu-o a beber a Bata. Quando o coração foi colocado no lugar, Bata voltou a ser o que era, e os dois irmãos abraçaram-se.
Disse Bata: «Serei agora um grande touro com estranhas marcas. Tu sentar-te-ás nas minhas costas e iremos para exercer vingança contra a minha mulher. Leva-me até ao faraó (vida, força e saúde) e serás amplamente recompensado, porque eu serei uma grande maravilha naquela terra.»
Ao amanhecer do dia seguinte, Bata assumiu a forma de um touro e, levando às costas Anupu, chegou ao palácio do faraó (vida, força e saúde). Quando a sua majestade soube do touro ficou encantado e guardou-o no palácio, dando muito tesouros a Anupu que, em seguida, regressou à sua terra.
Algum tempo depois o touro aproximou-se da primeira favorita, que estava na cozinha, e disse: «Vê! Ainda estou vivo.»
Perguntou a favorita: «Quem és tu?»
E ele respondeu: «Sou Bata e sei que mandaste derrubar o cedro para o faraó (vida, força e saúde), para te veres livre de mim. Mas ainda estou vivo e sou um touro.»
Ela ficou aterrada e, foge na primeira oportunidade, quando estava com o faraó (vida, força e saúde), para passar um dia feliz, disse: «Atendes um pedido meu, seja ele qual for?»
Sua majestade concordou, mas ficou muito aflito quando ela disse que queira comer um pedaço do fígado do touro. Ele tinha feito, porém uma promessa e, no dia seguinte, decretou um festival com o sacrifício do touro. Para a execução do triste acto, o faraó (vida, força e saúde) designou um dos seus principais magarefes.
Depois de morto o touro, duas gotas do seu sangue caíram no chão perto dos umbrais do grande portão do faraó (vida, força e saúde). Das gostas de sangue nasceram dois rebentos que bem depressa se transformaram em belas árvores. Logo que as pessoas viram essas árvores, foram correndo dizer ao faraó (vida, força e saúde). Esse facto foi interpretado como sendo de bom presságio. Houve grande regozijo e o faraó (vida, força e saúde) depositou uma oferenda diante das árvores.
Pouco depois, o faraó (vida, força e saúde) quis ir ver as árvores no seu carro de ouro, acompanhado da sua favorita. Sua majestade partiu no seu carro dourado e chegado ao local sentou-se à sombra de uma delas. A favorita, que vinha atrás, sentou-se junto da outra.
Mal ela se havia sentado, a árvore sussurrou: «Traidora! Sou Bata! Apesar de tudo o que fizeste, ainda estou vivo. Sei exactamente como conseguiste que o faraó (vida, força e saúde) mandasse cortar o cedro por minha causa. E quando me transformei num touro, fizeste com que eu fosse abatido.»
A favorita esperou uma boa oportunidade. Um dia, quando atendia ao faraó (vida, força e saúde) a servir-lhe vinho e dar-lhe contentamento, ela disse a sua majestade: «Fazes qualquer coisa que eu te pedir?»
Sua majestade disse que sim e ela pediu: «Manda derrubar as duas árvores e aproveitar a madeira para fazer móveis.»
O faraó (vida, força e saúde) tornou a fazer o que ela lhe pediu e mandou chamar os seus melhores carpinteiros. Enquanto eles trabalhavam, sua majestade e a favorita ficaram observando.
Nessa ocasião, uma pequena lasca de madeira saltou de um machado e foi cair na boca da favorita, que logo engoliu involuntariamente e, dentro em pouco, ficou grávida. Enquanto isso, o faraó (vida, força e saúde) tornou todas as providências para que a madeira fosse transformada em belos móveis, como ela desejava.
Ao fim de algum tempo, a favorita deu à luz um menino e os funcionários foram dar a boa notícia ao faraó (vida, força e saúde). Sua majestade amou a criança logo desde o princípio, deu-lhe uma ama e servos, e honrou-a com a designação de vice-rei de Kuch.
Mais tarde, quando o menino cresceu, sua majestade nomeou-o príncipe herdeiro do país, e exerceu o cargo durante muitos anos até que sua majestade partiu para o céu.
O novo rei ordenou imediatamente: «Reuni todos os meus altos funcionários para que a minha majestade possa dizer tudo o que aconteceu.»
Na presença deles, e com a mulher ao lado, Bata,pois era ele, contou a sua história e eles serviram de juízes entre o novo faraó e a mulher, com desvantagem para ela. Depois de conseguir a vingança, Bata chamou Anupu à corte e fez dele o príncipe herdeiro do país. Durante trinta anos Bata governou o Egipto como faraó e depois, quando passou para uma vida melhor, Anupu tornou-se rei.