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[heading_line type=”primary_bg” new_line=”0″]Pântanos da Mesopotâmia[/heading_line]
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Os Pântanos da Mesopotâmia são uma zona húmida, localizada no Sul do Iraque, monumento natural que também abarca parte do Sudoeste do Irão.
Este pântanos são considerados um dos maiores ecossistemas de áreas húmidas do Oeste da Eurásia. Basicamente, era um lugar raro no deserto, uma vez que tinha abundância de água, tornando-o aquático.
Sempre foi bastante respeitado, pois uma vez que o clima é desértico, os Pântanos da Mesopotâmia e a presença de alguns animais permitiam que o ser humano, ao longo da história pudesse viver aqui com menos dificuldades.
Em 1950 com fim à exploração do petróleo, foi iniciada uma drenagem dos pântanos, processo este levado ao extremo durante o mandato de Saddam Hussein, o que levou ao desconforto e expulsão dos xiitas que aqui viviam, criando tensão no sul do país.
Actualmente, os Pântanos da Mesopotâmia recuperam-se lenta e naturalmente, embora as secas e todas as obras aqui feitas terem deixado resultados irreversíveis neste território.
As pessoas que moram nos pântanos do sul do Iraque são conhecidas como Maadans – Árabes dos pântanos – e vivem como que na Veneza Iraquiana. Estas constroem casas flutuantes feitas de canas colhidas nos próprios pântanos e transportam-se em canoas e pequenas embarcações.
As casas são chamadas de mudhif. Estas casas têm o mesmo estilo de construção que há no Lago Titicaca no Peru, e são construídas sem pregos e sem madeira. Apesar da aparência ornamentada das casas, toda a sua construção é feita em menos de três ou quatro dias.
Devido a problemas políticos destas tribos com Saddam Hussein e, consequente, a drenagem quase completa dos pântanos, este estilo de arquitectura quase que desapareceu. Há casas mais pobres e outras maiores e mais ornamentadas. Normalmente cada família para além da sua casa principal, tem ainda um salão para receber convidados.
Saddam Hussein ordenou drenar os pântanos em 1991 como castigo às tribos que tinham apoiado o invasão americana do Iraque. Houve assim um êxodo em massa desta gente para outras regiões.
Hoje em dia, e apesar de todos estes problemas, aproximadamente 2000 habitantes dos pântanos continuam a viver nas casas tradicionais. Nos anos 50 do século XX, o número estimado de habitantes desta região era aproximadamente um milhão e meio de pessoas.
Em meados de 2003, quando as comunidades e tribos locais começaram a destruir os diques mandados construir por Saddam Hussein, os esforços de recuperação finalmente começaram a dar frutos para os árabes dos pântanos. Foi o renascer dos incríveis Pântanos da Mesopotâmia.
A vida selvagem e o ecossistema natural dos pântanos vai demorar tempo a se restabelecer, mas os seus habitantes continuam a não desistir do seu território e das suas tradições ancestrais.
Eu tive a oportunidade única de visitar esta zona do Iraque. Fui convidado a visitar várias casas no meio do pântano. Sem qualquer interesse turístico ou monetário, fui dado de comer e servido chá por gente simpática que se sentiu honrada por me receber.
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