Nesta entrevista temos o viajante Ricardo Ribeiro.
Vamos conhecer um pouco mais sobre quem viaja e explora o mundo. Nesta rubrica “QUEM VIAJA“, proponho dar a descobrir várias pessoas que viajam o mundo à sua maneira, cada um de forma diferente. Tento criar assim, um perfil de viajante, rápido e fácil de ler sobre vários viajantes portugueses e brasileiros.
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- Nome completo: Ricardo de Araújo e Melo Ribeiro.
- Profissão: Webdesigner, Escritor, Turismo.
- Data de nascimento: 1965.
- Local de nascimento: Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal.
- Local de residência: Algarve, Portugal.
- Quantos países já visitou: 61.
- Quantos continentes já visitou: 4.
- Maneira preferida de viajar: De avião para a região a explorar, e depois pela forma mais local possível mas nunca à boleia.
- Comida preferida: Nenhuma em especial. Comer não é um dos meus interesses.
- Cor preferida: Qualquer uma que não seja o castanho.
- Banda preferida: Ui, sei lá, Manu Chao, conta?
- Fruta preferida: Abacaxi.
- Livro de viagem preferido: Expedições Urbanas: Havana, do jornalista brasileiro Airton Ortiz.
- Já se apaixonou por alguém em viagem? Negativo.
- Você vive para viajar ou viaja para viver? Vivo para viver, o que inclui viajar.
- Próximas viagens: A lista é mais longa e está definida, mas postas assim as coisas vou selecionar os menos populares: Quirguistão, Timor-Leste, Turcomenistão.
- Países onde não voltaria: Eslovénia e Estónia são os mais fáceis, estão na ponta da língua, são habitados pelos únicos dois povos de que decididamente não gostei. O terceiro será a Irlanda por razões inversas: super povo, local que me desagradou. Posso acrescentar a Islândia, para não sobrar nenhum?
- Países onde voltaria: Bósnia-Herzegovina, Cuba, São Tomé e Príncipe.
- Países com melhor comida: Bulgária. Apenas.
- Qual o país com mulheres / homens mais bonitos: Suécia.
- Hotel preferido: Assumo que de hotel a questão se pode converter em alojamento, e nesse caso, Casa Blanca, um quarto numa “casa particular” em Havana, Cuba.
- Site / blog: www.cruzamundos.com que é uma fusão entre o diário de viagens iniciado em 2006 e que dava pelo nome de Papaléguas e o mais recente (2013) Cruzamundos, um blog sobre viagens em geral.
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Ricardo Ribeiro – Falar com o viajante
Fotografia Viagem de Ricardo Ribeiro
Qual é a sua relação com as viagens? O que pretende encontrar enquanto está a conhecer outros países?
A primeira questão agrada-me logo, porque foca um aspecto em que penso várias vezes… o que é que leva as pessoas a viajar…? No meu caso a resposta é simples: aprender sobre o mundo e as pessoas que nele habitam neste momento. O passado distante não me interessa, ironicamente, considerando que sou historiador de formação. Monumentos e vestígios pouco valem. Quero é conhecer pessoas, ser integrado, mesmo se apenas por um breve instante, nas vidas locais, ser convidado para casamentos, para jantares de família, falar com toda a gente, perguntar, observar, aprender. De forma mais detalhada há dois tipos de locais que procuro nunca perder: cemitérios e edíficios abandonados.
Muitos viajantes ficam fortemente marcados por algumas viagens, certas pessoas, culturas diferentes e experiências especiais. Qual a viagem mais marcante para si e conte o porquê:
Se só posso escolher uma, Cuba. Pela singularidade do país, pela multiplicidade de experiências, pelas pessoas que conheci.
Algumas pessoas precisam de ser incentivadas a sair de casa, a perder o medo de viajar. Que conselhos pode dar a alguém que quer começar a viajar mas não sabe como, quando e porquê?
Nenhum. Acho que tudo isto são questões que devem fermentar e “explodir” no interior de cada um de nós. O momento, o local, a forma, a distância ao centro da sua zona de conforto. Se não sabe como, quando e porquê, que espere para saber, por si. De uma forma mais terra a terra, acho que todos conhecemos o Google.com.
Já viveu num país diferente mais do que seis meses? Se sim, onde foi e o que esteve a fazer. Diga-me também, o que retirou dessa sua experiência de viver no estrangeiro:
Sim, em Praga, na Rep. Checa, entre 2007 e 2010. Estive só a curtir a vida mesmo, a conhecer Praga a fundo. Retirei tudo. Um dos dois períodos mais felizes de uma vida. Descobri que existe vida para além da morte e reencarnação, porque só assim se explica a empatia sentida pela nação e pelo povo. Decididamente numa passagem passada fui checo.
Escolher uma paisagem preferida pode ser muito difícil. Mas tente escolher uma paisagem que ficou para sempre na memória. O que sentiu naquela altura?
O deserto de Wadi Rum, na Jordânia. O único deserto mais ou menos a sério que visitei. Senti a imensidão.