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Fiz três grandes viagens à boleia no Iraque, e pedi ainda por várias vezes, boleias de curtas distâncias dentro das cidades de Erbil e Dohuk, a pessoas que encontrei por acaso na rua que meteram conversa comigo ou a quem pedi informações.
Depois de já estar a viajar no curdistão iraquiano há três dias a utilizar os táxis privados ou táxis partilhados, decidi tentar apanhar boleia para ver se podia entrar numa relação mais próxima com o povo do Iraque, sejam eles curdos, turcomanos, árabes ou assírios.
Os viajantes têm sempre algo a dizer, e vão sempre a algum lado, isto faz-me gostar deste método de viagem por isso mesmo, é uma maneira muito chegada ao dia-a-dia das pessoas locais.
Eu senti-e confortável e seguro com a idéia de andar à boleia no Iraque na região do Curdistão, isto porque as pessoas pareciam-me tão amigáveis e os níveis de segurança nesta região são acima de tudo, um esforço realizado por todos os habitantes do Curdistão e também pelas forças de segurança quer sejam militares ou da polícia.
Apanhar boleia (carona no Brasil) é sempre uma actividade não muito segura e mesmo perigosa se pensarmos na quantidade de malucos que andam por aí, mas, para pensarmos assim, teremos que pensar também na quantidade de pessoas sãs e normais que andam por aí também não achas?
E, que serão em muito maior quantidade que os doidos. 🙂 Pedir boleia é andar com pessoas que não conhecemos, lidar, conhecer com pessoas estranhas e viajar com eles dentro de seu próprio carro.
Viagem à boleia 1 – Dohuk até Akre – Boleia no Iraque Curdo Total = 228 KM
- Taxi em Dohuk = 5.6 KM
- Andar a pé = 6.4 KM
- Boleia Carro 1 = 3.2 KM
- Boleia Carro 2 = 98 KM
- Boleia Carro 3 = 114 KM
- TOTAL = 228 KM
Mapa Google do Trajecto Dohuk até Akre, Iraque Curdo
Dohuk até Akre à Boleia, Curdistão Iraquiano
Em Dohuk decidi visitar o templo Yazidi em Lalish. Para ir até Lalish eu tinha que fazer o caminho até Shekhan na província Iraqiana de Ninewa cuja a capital é Mossul (Mossul é por si uma cidade federal mas fica na região), mas Shekan e Akre estão actualmente sob o controlo do Governo Regional do Curdistão.
Apanhei um táxi para uma das extremidades da cidade e andei cerca de 3km, até que alguém parou e me deu lugar. Ele não estava a sair de Dohuk mas levou-me mais ou menos 3km até o ponto de verificação militar onde eu tinha que mostrar o passaporte e dizer ao militar que estava a pé e ia até Lalish. Ele disse: “You walk to Lalish??” hehe, O militar achou incrível e estranho e então tentou arranjar-me um carro com alguém que falava um pouco de Inglês que me levasse.
Depois de muitas tentativas, finalmente conseguiu meter-me num carro que estava a ir em direcção a Akre (também se escreve Aqrah), e não Shekhan para onde eu queria ir. Acabei por mudar os meus planos de viagem e ir até a Akre, cidade e lugar bonito do qual já tinha lido um pequeno texto no Lonely Planet como sendo um destino interessante. Apanhei boleia outra vez de volta com o mesmo senhor, 2:30 horas mais tarde. Foi perfeito, ele aproveitou para me mostrar umas cascatas em Akre (há pelo menos 3 cascatas lindas em Akre) e pagou-me o almoço na estrada na volta para Dohuk.
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