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Samarcanda é uma cidade cujo nome significa “Cidade de Pedra”, situada num belíssimo vale. Samarcanda em conjunto com Bukhara e Khiva, são os pontos estratégicos e os mais interessantes da Grande Rota da Seda na Ásia Central.
Durante o tempo que estive nesta cidade, tive oportunidade de visitar os pontos turísticos de Samarcanda, e explorar o local a fundo. Visitar o Uzbequistão e não passar por Samarcanda, é deixar para trás um destino importante que vale a pena conhecer.
Visitar Samarcanda Uzbequistão
Samarcanda é actualmente uma cidade com meio milhão de habitantes, localizada a leste do país, a cerca de 20 km da fronteira com o Tajiquistão. É uma das três cidades históricas do Uzbequistão, tendo merecido a inscrição da lista de Locais Património da Humanidade da UNESCO em 2001.
Samarcanda localizava-se na importante rota comercial que durante séculos ligava a China à Europa. Foi fundada no século VII a.C. e no século XIV Timur fê-la capital do seu império. O ponto fulcral do seu centro histórico é a praça Registan, em redor da qual se encontram três madraças. De resto a cidade está bem servida de monumentos históricos, especialmente de natureza religiosa.
Como foi comum no Uzbequistão a maioria dos edifícios antigos caiu em decadência, chegando ao segundo quartel do século XX em péssimas condições, tendo sido então alvo de um programa global de renovação, levado a cabo pelas autoridades centrais da União Soviética.
Estrategicamente bem situada na Grande Rota da Seda entre a Europa e a China, esta cidade tem uma importância inigualável ao nível dos estudos islâmicos. Esta cidade repleta de Madrassas, ou escolas dedicadas ao islamismo, construídas essencialmente a partir do século XIV, foi fundada por Alexandre – o Grande – no ano 700 a.C.. Hoje, por causa desta oferta cultural e arquitectónica, Samarcanda recebe milhares de curiosos e turistas a fim de contemplarem estes maravilhosos edifícios e a cultura Uzbeque.
Os ostentados e impressionantes edifícios são autênticas jóias decoradas com azulejos de ouro, lápis-lazúli e alabastro. Aqui é possível contemplar uma das praças mais belas do mundo – a Praça do Registran. Nesta praça conseguimos ver representada tanta história que por aqui passou, é simplesmente maravilhoso – passaram por aqui os mais variados povos e mercadorias, cenário ainda possível de encontrar hoje em dia. As principais Madrassas existentes na Praça do Registran são a Ulugh Beg, Tilla-Kari e Shir-Dor, monumentos que deixam qualquer um incrivelmente maravilhado.
Melhores atrações de Samarcanda
- Praça Registan
- Necrópole Shakhi-Zinda
- Mauroléu de Gur-Emir
- Mesquita de Bibi Hanim
- Observatório de Ulugh Beg
- Madraçal Ulugh Beg
- Madraçal Tilya Kori
- Mausoléu Rukhobod
- Madraçal Sherdar
- Mausoléu de Ishratkhana
- Mesquita de Hazrat-Hizr
Dicas de Viagem
- Acorde cedo e seja o primeiro a entrar nos melhores destinos de Samarcanda, nos monumentos, museus ou outros locais de interesse.
- Suba ao Minarete do Madraçal Ulugh Beg na Praça Registan – a melhor vista da cidade. Não é permitido subir, mas dependendo da sua capacidade de argumentar e ser amigo dos guardas do recinto, pode ser possível. Eu consegui.
- A melhor altura para visitar Samarcanda é durante os meses das meias estações, ou seja, no Outono e na Primavera, entre os meses de Abril e Junho e de Setembro e Outubro, respectivamente.
Turismo em Samarcanda
Lugares para visitar em Samarcanda
1. Praça Registan
A praça Registan é o coração do centro histórico de Samarcanda, tendo sido construída no século. Encontra-se rodeada por três lados de edifícios monumentais, três madraças concorrentes, que dão forma à praça. A Ulugh Beg é a mais antiga, datando do século XV. Quanto às Tilya Kori e Sherdar, são um pouco mais recentes, tendo sido construídas em meados do século XVII. Outros edifício notável aqui localizados são o Mausoléu de Shaybanids, do século XVI, e o mercado coberto de Chorsu. A partir de 1920, com a integração forçada na União Soviética, o funcionamento das madraças foi proibido, e os pilares da praga Registan ficaram ao abandono e parte da sua decoração original foi perdida para sempre. A praça foi mais tarde recuperada e é hoje palco de eventos culturais e ponto focal dos visitantes que se deslocam a Samarcanda.
2. Necrópole Shakhi-Zinda
Tudo começou há cerca de mil anos quando ali foi construído um templo que marcaria o lugar onde, segundo a lenda, Kusam ibn Abbas, um primo de Maomé, tinha sido enterrado. Kusam ibn Abbas teria chegado a Samarcanda em 640 e ali teria pregado durante treze anos, até que crentes zoroastrianos o terão decapitado durante a oração. Desde então foram adicionados outros túmulos e edifícios, um crescimento que durou desde o século XI até ao século XIX. Isto criou uma linha do tempo arquitectónica que mostra ao visitante a evolução de técnicas e conceitos estéticos durante todo este tempo.
3. Mausoléu de Gur-Emir
Este mausoléu é tão grandioso que visto ao longe parece um opulento palácio. Aqui se encontra sepultado Timur, o monarca que criou uma dinastia e um império, chegando a invadir uma parte da Índia. Este mausoléu é considerado um precursor dos grandes monumentos funerários Moghul, nomeadamente do famoso Taj Mahal. Gur-Emir significa “o túmulo do rei” mas para além de Timur repousam aqui alguns dos seus descendentes e o seu querido professor, Sayyid Baraka. A parte mais antiga do complexo foi mandada construir nos finais do século XIV por Muhammad Sultan, neto de Timur, que também se encontra ali sepultado. Após o século XVII Samarcanda entrou num período de declínio, quando a capital foi transferida para Bukhara e a Rota da Seda deixou de aqui passar. Isso levou ao abandono de muitos dos seus melhores monumentos e este mausoléu tornou-se quase numa ruína. Apenas na década de 50 do século XX se restaurou o exterior dos edifícios, com o interior a seguir-se nos anos 70.
4. Mesquita de Bibi Hanim
Esta mesquita foi construída entre 1399 e 1404, segundo se diz, em homenagem à esposa de Timur, o fundador de um império e de uma dinastia que reinou por estas partes entre 1370 e 1405. Chegou a ser uma das maiores mesquitas do mundo islâmico, tendo uma cúpula que se eleva a 41 metros. Nos finais do século XVI o monarca Abdullah Khan II decidiu suspender a manutenção da mesquita que se tornou lentamente numa ruína. Durante séculos os habitantes da cidade retiraram materiais de construção da mesquita. Apenas nos finais do século XX, mas ainda na era soviética, se iniciou o restauro do templo, um trabalho que se estende até aos dias de hoje.
5. Observatório de Ulugh Beg
Este magnífico observatório astronómico foi construído por volta de 1420 pelo monarca Ulugh Beg, neto de Timur, o rei guerreiro que fundou uma dinastia e um império. O rei que construiu o observatório, mais interessado na vida académica do que na governação, quase que arruinou o império. Perdeu uma série de batalhas, foi levado a tribunal pelo próprio filho, condenado a uma peregrinação a Meca e decapitado pouco depois de iniciar a viagem por um assassino contratado pelo filho. Logo a seguir o seu observatório foi arrasado e os académicos que ali trabalhavam foram afastados. A localização do observatório caiu no esquecimento e apenas em 1908 o arqueólogo russo Vassily Vyatkin encontrou vestígios do edifício. Um dos grandes feitos dos cientistas que aqui trabalharam foi a constituição de uma base de dados arcaica com mais de mil estrelas. Existe no local um museu dedicado ao observatório, inaugurado em 1970.
6. Madraça Ulugh Beg
Esta madraça foi construída por Ulugh Beg, o mesmo monarca que construiu o impressionante observatório nos arredores de Samarcanda. Neto do fundador de dinastia, Timor, Ulugh Beh teve um final trágico às mãos de um assassino contratado pelo seu próprio filho. A madraça foi construída entre 1417 e 1422, tendo sido a primeira da actual praça Registan. Na altura fazia parte de um complexo alargado, que incluía algumas mesquitas, uma hospedaria e um mercado, mas essas áreas foram ocupadas pelas duas outras madraças construídas no local ao longo do século XVII. Foi precisamente nessa altura que o ensino na madraça Ulugh Beg cessou, e o edifício tornou-se num armazém. Apenas no início do século XX regressou às suas funções académicas.
7. Madraça Tilya Kori
Esta é uma das três madraças existentes na praça Registan, o núcleo do centro histórico da cidade. As obras para a sua construção, ordenada pelo monarca Yalangtush Bahadur, iniciaram-se em 1646 e estenderam-se até 1660, concluindo-se com elas o arranjo da Praça Registan tal como a conhecemos hoje. Foi erigida exactamente no lugar onde nos dois séculos anteriores tinha funcionado uma hospedaria para viajantes (caravansarai), tendo assumido o nome “decorada com ouro” devido à riqueza dos seus elementos ornamentais, quase todos perdidos com o tempo e apenas parcialmente restaurados pelas autoridades soviéticas, já no século XX. Inclui uma mesquita, na sua ala oeste, que durante muito tempo foi a maior de Samarcanda.
8. Mausoléu Rukhobod
Este mausoléu é o edifício mais antigo da cidade de Samarcanda, tendo sido construído em 1380, segundo as ordens de Amir Timur. Destinava-se a proteger e sublimar o túmulo de Sheikh Burhaneddin Sagaradzhi, um mestre de teologia islâmica que era muito apreciado por estas paragens nos finais do século XIV. O religioso era casado com uma chinesa e na China terá falecido. Os seus restos mortais foram trazidos para Samarcanda pelo seu filho. Abu Said. O nome do mausoléu significa “espírito residente”. O mausoléu está longe de ser característico para a sua época: é feito de tijolo, sem um pórtico, e bastante modesto quando comparado com os majestosos monumentos a Gur-Emir e Ak-Saray. Tem apenas uma cúpula, que cobre o espaço principal, dotado de entradas norte, oeste e sul. O seu interior é igualmente modesto, praticamente desprovido de elementos decorativos.
9. Madraça Sherdar
Esta é uma das três madraças existentes na famosa praça Registan, tendo sido a última a ser erigida. A sua construção teve lugar entre 1619 e 1636, sendo inevitável a comparação com a madraça Ulugh Beg, 200 anos mais velha. A Sherdar é maior, mais ampla, mas fica a perder na qualidade da ornamentação. De resto, o conceito arquitectónico de ambas é bastante semelhante, de traça quadrangular, com um pátrio interior em redor do qual se localizavam as celas dos alunos e duas salas de aulas. Note-se a cruz suástica existente sobre o arco do pórtico, um símbolo antigo relacionado com abundância e fertilidade. Ao longo da sua vida a madraça sofreu diversas obras de restauro, com especial destaque para a intervenção que teve lugar na primeira metade do século XX.
10. Mesquita de Hazrat-Hizr
Esta mesquita localiza-se numa colina, não muito longe do forte Afrasiab, tendo-se vistas deslumbrantes desde lá. Foi a primeira mesquita a ser construída em Samarcanda, no século VIII, encomendada por Qutayba ibn Muslim. Segundo a tradição foi o prestigiado místico islâmico Hazrat Khizr que sugeriu ao governante a construção da mesquita neste local. Quinhentos anos mais tarde foi arrasada pelas hordas mongóis, quando Gengis Khan conquistou a cidade. Apenas em 1854 foi reconstruída, exactamente no local onde ainda se podiam ver as fundações da antiga mesquita. O seu aspecto actual foi adquirido em 1899, quando o terraço e os portões de acesso foram construídos.
Mapa dos Monumentos
Samarkand é uma cidade incluida na lista UNESCO Património Mundial. Visite os melhores destinos de Samarkand com este mapa turístico da cidade.
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